Certa vez lia um texto que me levantou uma imensa dúvida, um questionamento pelo qual todo homem deveria passar: e se eu fosse mulher?
Aquela dúvida começou a me fazer viajar, lembrar de antigos relacionamentos meus, de amigos, de parentes, até achar alguma resposta que fosse o mínimo convincente.
E se eu fosse mulher? Pois bem. Se eu fosse mulher, eu não aceitaria qualquer presente. Eu só iria aceitar as roupas mais caras, as mais belas jóias e mimos, porque, como mulher, eu sei que mereceria.
Se eu fosse mulher, com certeza seria muito vaidosa, me preservando sempre para meu homem.
E falando nele, também, com ele, não seria cheia de pudores. Deitar-me-ia nua com ele, e ouviria alegremente a musica que emanasse de seu ventre.
Se eu fosse mulher, me dedicaria ardorosamente à família, como só uma mulher consegue fazer.
Se eu fosse mulher, andaria com toda graça, mas sem a futilidade de algumas, para que todos me olhassem, admirados com a graciosidade, e ainda assim surpresos.
Mas não sou mulher. E o que posso fazer é apreciá-las, como gênero, e, entre elas, amar aquela que escolhi, em toda sua singularidade.
Homenagem ao grande poeta e professor, o imortal Dimas Macedo.
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1 commentaire:
Não é tão fácil assim. Sempre achei que seria tudo isso e exigiria tudo da maneira como eu gostaria que fosse. Não com arrogancia, mas sim com femilinidade e graça. Mas é tão dificil ser mulher, e conseguir o que se quer, que os padrões vão baixando o nível e vc acaba se contentando com qualquer coisa para fujir desesperadamente de uma solidão eminente.
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