dimanche, avril 15, 2007

Na Beira do Rio

Ela estava tranquilamente sentada à margem do Rio Ceará, observando o movimento das águas, quando vê aproximar-se um barco desconhecido. Assustada, ela se levanta e corre, a buscar mais alguem para ficar com ela.

Uma rampa desce da embarcação. Em cima dela posa galante um homem branco, com uma roupa reluzente que era desconhecida pela india dos lábio de mel. Ela não pode deixar de ficar encantada com a imagem daquele homem, que mais lhe parecia um Deus.

Quando ele pisa na areia clara, ela chega-lhe perto, tocando-lhe os braços e o rosto, maravilhada. Ele, por sua vez maravilhado com a beleza dos cabelos negros da nativa, deixou-se tocar.

Ela sinalisou para que ele a seguisse, dando-lhe guarita e proteção. Ele, por óbvio, aceitou.

O tompe foi passando. A india aprendeu a língua do homem estrageiro, os seus modos, os seus gostos. Ele encantou-se pela doçura da nativa, pelo seu afinco e paixão.

Não demorou para que os dois se amassem loucamente. E desse amor entre Iracema e Martin, há 404, nasceu a cidade de Fortaleza. Da mistura do branco com o índio surgiu a cultura cearense. Da paixão entre eles, surgimos todos nós.

Fortaleza, parabéns por mais um aniversário.

Comédias de uma vida cada vez mais fortalezense.

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