dimanche, février 04, 2007

Vida de Escritor

Certa vez Rachel de Queiroz disse que escrever na era algo prazeroso, mas um dever quase que imposto a nós escritores. O escritor, pobre diabo, cumpre apenas um mister quase penoso para si mesmo.

Começa orando às musas para que lhe dêem a inspiração necessária. Depois, passa horas diante da tela do computador, ou do papel da máquina de escrever, trabalhando em sua obra como um escultor, entalhando cada palavra, apenas para achar que o que ele escreveu não vale sequer a tinta gasta, deletar (ou amassar) tudo e começar de novo.

Dias depois finalmente se dá por satisfeito, cria coragem e publica, mas não lê sua obra, pois sabe que se ler vai sempre achar que poderia ter escrito algo de forma diferente, melhor. É que não existe melhor crítico que o próprio escritor.

Depois de publicar, espera pacientemente a critica dos outros, já que ele sabe que a dele mesmo será sempre negativa. O pior é que muitas vezes o pobre coitado não tem o “feedback” necessário e continua sempre se achando um fracasso monumental.

Comédias de uma vida de escritor.

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