vendredi, février 24, 2006

Uma pequena surpresa

Incrível como algumas coisas nos surpreendem.

Hoje, depois de mais um dia árduo de trabalho, voltava pra casa quando me deparo com uma cena ao mesmo tempo simples e supreendente. Sentada no ônibus estava uma menina pequena, com a farda do colégio, e, na mão, um livro que explicava em termos bastante simples o Estatuto da Criança e do Adloscente.

Aquilo me encheu subitamente de uma surpresa só igualável a minha alegria em presenciar aquilo. Uma criancinha que, por certo, recebera aquele livro no colégio, e se deleitava ao ler e aprender seus direito. Esata ela, alí, tão singela, fazendo, a seu modo, uma revolução. Uma revolução contra a ignorância, contra a cultura de que aquele que lê deve ser relegado ao ostracismo. Uma revolução contra aqueles que acham que conhecer seus direitos é coisa de CDF. Uma revolução.

Surpreendeu-me algo mais, que não esperava. Supreendeu-me a minha própria surpresa. Claro. Porque haveria eu de estar surpreso com alguém que lê, que procura conhecer seus direitos, em tão tenra idade. Surpeendi-me por ser isto algo tão incomum, mas o fato é que não deveria me surpreender. A verdade é que aquilo não deveria ser a exceção, mas a regra. E isso só me fez perceber o quanto aquela menininha, em sua revolução pessoal, era imensamente mais corajosa que eu mesmo. Ela ousava, como um dia ousei, e ainda hoje me atrevo a ousar, lêr e conhecer seus direitos. Leva ainda uma vantagem: começar a sua revolução em tão tenra idade.

Ao ver esse tipo de coisa, sinto meu ânimo renovado. O Brasil ainda tem esperança.

Comédias de uma vida renovada de esperanças.

3 commentaires:

mariella fassanaro. ou mari. ou ella. a dit…

eu torço demais por essas pequenas vitórias de todos os dias, pra que elas tomem a freqüência desejada.
é como se ainda tivesse jeito pra muita coisa, não só pro brasil.

beijo, rocha. :]

Anonyme a dit…

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Anonyme a dit…

É...E se todos fossem assim? Acho que nem precisaria ser "todos", mas alguns mais! Não precisaríamos de "revolucionários", pseudo-revolucionários, com suas idéias incensatas e perigosas. Estaríamos lidando com pessoas que saberiam o que podem e o que, por conseguinte, devem exigir. Ninguém poderia guiar pessoas que sabem dos seus direitos para voltarem-se a interesses de alguns. Muito bom saber dessa garotinha.