Incrível como algumas coisas nos surpreendem.
Hoje, depois de mais um dia árduo de trabalho, voltava pra casa quando me deparo com uma cena ao mesmo tempo simples e supreendente. Sentada no ônibus estava uma menina pequena, com a farda do colégio, e, na mão, um livro que explicava em termos bastante simples o Estatuto da Criança e do Adloscente.
Aquilo me encheu subitamente de uma surpresa só igualável a minha alegria em presenciar aquilo. Uma criancinha que, por certo, recebera aquele livro no colégio, e se deleitava ao ler e aprender seus direito. Esata ela, alí, tão singela, fazendo, a seu modo, uma revolução. Uma revolução contra a ignorância, contra a cultura de que aquele que lê deve ser relegado ao ostracismo. Uma revolução contra aqueles que acham que conhecer seus direitos é coisa de CDF. Uma revolução.
Surpreendeu-me algo mais, que não esperava. Supreendeu-me a minha própria surpresa. Claro. Porque haveria eu de estar surpreso com alguém que lê, que procura conhecer seus direitos, em tão tenra idade. Surpeendi-me por ser isto algo tão incomum, mas o fato é que não deveria me surpreender. A verdade é que aquilo não deveria ser a exceção, mas a regra. E isso só me fez perceber o quanto aquela menininha, em sua revolução pessoal, era imensamente mais corajosa que eu mesmo. Ela ousava, como um dia ousei, e ainda hoje me atrevo a ousar, lêr e conhecer seus direitos. Leva ainda uma vantagem: começar a sua revolução em tão tenra idade.
Ao ver esse tipo de coisa, sinto meu ânimo renovado. O Brasil ainda tem esperança.
Comédias de uma vida renovada de esperanças.
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3 commentaires:
eu torço demais por essas pequenas vitórias de todos os dias, pra que elas tomem a freqüência desejada.
é como se ainda tivesse jeito pra muita coisa, não só pro brasil.
beijo, rocha. :]
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É...E se todos fossem assim? Acho que nem precisaria ser "todos", mas alguns mais! Não precisaríamos de "revolucionários", pseudo-revolucionários, com suas idéias incensatas e perigosas. Estaríamos lidando com pessoas que saberiam o que podem e o que, por conseguinte, devem exigir. Ninguém poderia guiar pessoas que sabem dos seus direitos para voltarem-se a interesses de alguns. Muito bom saber dessa garotinha.
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